Lá vai o velho caminhado pela estrada. É noite quando chega à cidade. Poucos notam sua presença. A cidade tem pressa, o trânsito está insuportável. Pessoas preparam-se para chegar em casa, outras para ir à escola. Muitos cansados e desiludidos enfrentam horas de fila na vã esperança de obter uma colocação no mercado de trabalho.
Ele observa as pessoas, tem pena daquele que já não carregam a esperança dentro de si.
Vagarosamente caminha em direção ao bairro nobre da cidade. Lá chegando aborda um abastado senhor. Pede-lhe um prato de comida. Como resposta recebe um monte de impropérios. É escorraçado dali, pois a segurança é acionada. Entristecido, dirige-se à periferia. Avista uma casinha de alvenaria, é atendido por uma senhora jovem, em cujo rosto percebe as marcas da tristeza. Pede-lhe comida.
A moça argumenta que todos ali estão passando por dificuldades. O marido está na cama sofrendo grave enfermidade. Ela está desempregada, assim como os dois filhos mais velhos, o pequenino já não vai à escola, pois o dinheiro para a compra de material foi usado com remédios para o esposo.
O velho ouve o relato emocionado. Prepara-se para ir embora, mas ela o surpreende convidando-o a entrar. Diz: "onde comem cinco, comem seis".
Sobre a mesa arroz, feijão e ovos fritos. Tudo o que podem fazer. Todos se sentam à mesa, menos o esposo que permanece no quarto gemendo de dor.
Antes de iniciarem o jantar, ela convida a todos para rezarem, pedindo a Oxalá que abençoe aquele alimento e as pessoas que moram na casa, e também pede saúde ao amado esposo. Faz mais do que isso, durante a prece, ela pede a Zambi que guie os passos do visitante, sinceramente comovida com a sorte de um velho solitário e errante.
O velho sorri para ela emocionado e agradecido. Ela explica que é Umbandista, freqüenta um terreiro ali mesmo no bairro. Está na gira há pouco tempo, mas ama profundamente os Orixás e Guias, pois foi com eles aprendeu a ter paciência e fé, nunca se desesperar, e a estar sempre pronta para prestar à caridade. E assim ela foi com prazer e alegria.
É verdade que a família passa por dificuldade, mas, isso não os torna rancorosos ou revoltados. Assim que eles terminaram o jantar, o velho agradece a hospitalidade e deseja boa sorte a todos da casa. Lá fora a noite já chegou.
Se dependesse da família, ele dormiria ali, porém a casa é tão pequena que isso seria quase impossível. Ainda assim, ofereceram para ele o sofá da sala. Ele agradece e acalma a todos dizendo que realmente deve partir. Antes pede para ver o marido que está no quarto gemendo de dor.
Ato contínuo adentra no quarto. Nesse momento algo de muito estranho acontece: uma enorme luminosidade toma conta do dormitório. O doente que até então gemia grita emocionado. A esposa e os filhos estavam na cozinha correm assustados.
Encontram o homem sentado na cama chorando emocionado. Nem sinal do velho.
Após o choro a revelação.
Quando o velho entrou no quarto suas roupas se transformaram numa roupa de palha e forte luz saiu dele, envolvendo o doente que imediatamente se curou. Agora aquela família toda chorava. Lá fora na estrada, Obaluaiê sorria feliz e seguia sua caminhada.
Ele observa as pessoas, tem pena daquele que já não carregam a esperança dentro de si.
Vagarosamente caminha em direção ao bairro nobre da cidade. Lá chegando aborda um abastado senhor. Pede-lhe um prato de comida. Como resposta recebe um monte de impropérios. É escorraçado dali, pois a segurança é acionada. Entristecido, dirige-se à periferia. Avista uma casinha de alvenaria, é atendido por uma senhora jovem, em cujo rosto percebe as marcas da tristeza. Pede-lhe comida.
A moça argumenta que todos ali estão passando por dificuldades. O marido está na cama sofrendo grave enfermidade. Ela está desempregada, assim como os dois filhos mais velhos, o pequenino já não vai à escola, pois o dinheiro para a compra de material foi usado com remédios para o esposo.
O velho ouve o relato emocionado. Prepara-se para ir embora, mas ela o surpreende convidando-o a entrar. Diz: "onde comem cinco, comem seis".
Sobre a mesa arroz, feijão e ovos fritos. Tudo o que podem fazer. Todos se sentam à mesa, menos o esposo que permanece no quarto gemendo de dor.
Antes de iniciarem o jantar, ela convida a todos para rezarem, pedindo a Oxalá que abençoe aquele alimento e as pessoas que moram na casa, e também pede saúde ao amado esposo. Faz mais do que isso, durante a prece, ela pede a Zambi que guie os passos do visitante, sinceramente comovida com a sorte de um velho solitário e errante.
O velho sorri para ela emocionado e agradecido. Ela explica que é Umbandista, freqüenta um terreiro ali mesmo no bairro. Está na gira há pouco tempo, mas ama profundamente os Orixás e Guias, pois foi com eles aprendeu a ter paciência e fé, nunca se desesperar, e a estar sempre pronta para prestar à caridade. E assim ela foi com prazer e alegria.
É verdade que a família passa por dificuldade, mas, isso não os torna rancorosos ou revoltados. Assim que eles terminaram o jantar, o velho agradece a hospitalidade e deseja boa sorte a todos da casa. Lá fora a noite já chegou.
Se dependesse da família, ele dormiria ali, porém a casa é tão pequena que isso seria quase impossível. Ainda assim, ofereceram para ele o sofá da sala. Ele agradece e acalma a todos dizendo que realmente deve partir. Antes pede para ver o marido que está no quarto gemendo de dor.
Ato contínuo adentra no quarto. Nesse momento algo de muito estranho acontece: uma enorme luminosidade toma conta do dormitório. O doente que até então gemia grita emocionado. A esposa e os filhos estavam na cozinha correm assustados.
Encontram o homem sentado na cama chorando emocionado. Nem sinal do velho.
Após o choro a revelação.
Quando o velho entrou no quarto suas roupas se transformaram numa roupa de palha e forte luz saiu dele, envolvendo o doente que imediatamente se curou. Agora aquela família toda chorava. Lá fora na estrada, Obaluaiê sorria feliz e seguia sua caminhada.
Axé.
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