A Umbanda, uma religião de muitas tradições, ainda hoje é vista com maus olhos por algumas pessoas. Estamos aqui para mostrar que a Umbanda é uma religião de fé e caridade, aonde a primeira lei é: Ame ao teu próximo como se fosse tu mesmo.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O Seu Presente Faz o Seu Futuro


"O futuro não é um presente dos céus, dado a alguns eleitos por pretensos procuradores do criador, nem por agenciadores desta ou daquela fé.
É a nossa conduta de agora que ensaia e prepara realmente o futuro, sempre construção pessoal e, portanto, constitui uma tarefa intransferível. Podemos e devemos aprender com tudo e com todos, mas jamais esperar que alguém possa fazer por nós o que só nós mesmos podemos fazer.
Que mérito haveria num futuro, próximo ou afastado, construído por outros? E será que ele seria do nosso agrado e segundo nossas necessidades?
A vida nos dá, cotidianamente, as oportunidades dessa construção lenta e difícil, cheia de percalços e tropeços, mas necessária. Colheremos exatamente o que semearmos.
Aquele que semear arroz jamais colherá trigo, assim como aquele que semear vento só poderá colher tempestade. O futuro é, por isso mesmo, uma projeção do presente. Podemos alterá-lo para melhor a cada momento, segundo a ação de nossa vontade voltada sempre para o Bem.
A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas só pode ser vivida olhando-se para frente.
Há quem despreze o passado como fonte de experiências, interpretando de modo equivocado o dito popular de que "águas passadas não movem moinhos". Essas águas passadas moveram moinhos e por isso são importantes como fontes de referência para ações e escolhas futuras. É lá no passado que se encontram os porquês de muita coisa de nosso agora, e que precisam ser revistos e modificados.
Visitar o próprio passado com a finalidade de colher material de reflexão é atitude sadia, mas arrastá-lo qual saco de pedras, num apego mórbido a situações e acontecimentos superados ou envelhecidos só pode trazer mais sofrimentos.
O futuro, por ser algo ainda por construir, precisa de material apropriado e vontade bem dirigida, donde a importância do passado, da vivência e da experiência por ele oferecida. Nossas escolhas serão mais seguras e melhores; nossas opções e caminhos se alargarão, oferecendo condições de entendermos melhor a nós mesmos e aos outros."

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Umbanda e Quaresma


Dentre os vários compromissos que os verdadeiros Umbandistas devem ter para com a religião que abraçaram, estão os de esclarecerem, difundirem e enaltecerem os reais valores, bases e diretrizes de nossa Sagrada Umbanda. Desta forma, observações, avaliações e conceitos devem alcançar e modificar determinadas condutas que, embora habituais, têm como base preceitos estranhos a nossa religião.

Neste contexto, reportemo-nos, sucintamente ao ato litúrgico católico nominado Quaresma. A Quaresma e o próprio nome revela, é um período de 40 dias que tem início após as festas ditas profanas (carnaval), culminando no domingo de páscoa. Tem como finalidade, segundo os católicos, preparar o indivíduo, mediante processos de conversão e penitência, para a expurgação de influências carnais e mundanas e a absorção de valores sagrados. Tal período litúrgico, afirmam alguns, se consolidou no final do século III, tendo sido citado no 1° Concílio (Assembléia) Ecumênico de Nicéia, no ano 325.

Não obstante respeitarmos esta prática religiosa, própria dos católicos, devemos ter em mente que tal habitualidade pertence ao catolicismo, e não a Umbanda. E por quê então um número razoável de terreiros fecham suas portas, suspendendo as atividades espírito-caritativas durante este período?
1° Influência dos tempos de Catolicismo:- muitas pessoas que hoje são dirigentes Umbandistas, no passado professavam a religião católica. Converteram-se à Umbanda, mas esqueceram-se de deixar na antiga religião preceitos próprios da mesma.
2° Justificação para longas férias: - encontram no período católico da Quaresma o meio ideal de justificarem sua vontade particular de descanso, de deleites materiais, sem serem alvos de críticas por estarem suspendendo atividade de auxílio espiritual aos necessitados, uma vez que a maioria não sabe o que é quaresma.
Os Umbandistas, consoante o que foi mencionado, devem ter consciência e convicção de que os terreiros são verdadeiros pronto-socorros espirituais e jamais poderão fechar suas portas a médiuns e assistentes. Ou será que a tristeza, a frustração, as demandas, as doenças, e outras situações negativas deixam de afligir as pessoas durante a quaresma?
Sejamos sensatos. A Umbanda é religião cristã. É fato. Não significa, no entanto, que tenhamos de aplicar atos litúrgicos alienígenas à mesma.
Se os católicos são de opinião que a melhor forma de expiar suas faltas é jejuar e fazer penitência, ficando na última semana dos 40 dias e a liturgia do catolicismo.
Nós umbandistas somos sabedores que o Oxalá não quer que soframos por Ele, mas sim que coloquemos em prática suas lições de amor, fé, caridade e fraternidade, virtudes que pregou quando encarnado, como alicerces seguros para a evolução da humanidade.
Reverenciemos o Cristo da Galiléia com trabalhos espirituais, que não podem parar, pois que o socorro é sempre urgente. A Umbanda é a manifestação do espírito para a caridade. E caridade é Jesus em ação.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A Minha Religião não faz MÁGICA



Minha Religião é de seres movidos pela paixão, que fazem o que amam, que respeitam o próximo como a si mesmo.

Minha religião usa a Magia da Natureza, o encantamento nos corações sofridos, o acalanto para as almas que choram, a palavra de conforto para aqueles que necessitam... Esta é a MAGIA!

A MAGIA dos Pretos Velhos que nas suas humildades trazem a sabedoria para os seus filhos de fé.

Minha religião tem pés no chão, para trocar e recebimentos de energia que a Natureza proporciona, veste branco porque usa a Magia e a pureza da cor...

MÁGICA???? No circo ou num show de Ilusionismo com certeza você acha...

Porque na UMBANDA vocês vão encontrar HUMILDADE, AMOR E CARIDADE.

Salve a UMBANDA!

Axé a Todos.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O Carnaval e a Umbanda.



O carnaval realizado no Brasil é a maior festa popular do mundo.Grande parte dos foliões brasileiros, no entanto, não conhecem asorigens e as implicações dessa festa. Para surpresa de muitos, ocarnaval é anterior a era cristã. No Egito, na Grécia e em Roma,pessoas de diversas classes sociais se reuniam em praça pública commáscaras e enfeites para desfilarem, beberem vinho, dançarem, cantareme se entregarem as mais diversas libertinagens.


O carnaval era uma prática religiosa ligada à fertilidade do solo. Erauma espécie de culto agrário em que os foliões comemoravam a boacolheita, o retorno da primavera e a benevolência dos deuses. NoEgito, os rituais eram oferecidos ao deus Osíris, por ocasião do recuodas águas do rio Nilo. Na Grécia, Dionísio, deus do vinho e daloucura, era o centro de todas as homenagens, ao lado de Momo, deus dazombaria. Em Roma, várias entidades mitológicas eram adoradas, desdeJúpiter até Saturno e Baco.


Na Quaresma, todos os cristãos eram convocados a penitências e àabstinência de carne por 40 dias, da quarta-feira de cinza até asvésperas da páscoa. Para compensar esse período de suplício, a Igrejamedieval fez "vistas grossas" às três noites de carnaval. Na ocasião,o povo aproveitava para se esbaldar em comidas, festas, bebidas eprostituições, como na antiguidade.

Na Idade Média, o carnaval passou a ser chamado de "Festa dos Loucos",pois o folião perdia completamente sua identidade cristã e se apegavaaos costumes pagãos. Na "Festa dos Loucos", tudo passava a serpermitido, todos os constrangimentos sociais e religiosos eramabolidos. Disfarçados com fantasias que preservavam o anonimato, os"cristãos não-convertidos" se entregavam a várias licenciosidades, queeram, geralmente, associadas à veneração aos deuses pagãos.


Com a chegada da Idade Moderna e a expansão marítima, o carnaval seespalhou pelo mundo afora, chegando ao Brasil, ao que tudo indica, noinício do século XVII. Trazido pelos portugueses, o ENTRUDO – nomedado à festa no Brasil – se transformaria na manifestação queconhecemos hoje.


No período de carnaval, muitas pessoas acabam expondo tendências decunho negativo e os desejos mais ocultos, desrespeitando-se moralmentepara satisfazer prazeres carnais sem limites. Através do alcoolismo,consumos de drogas e libertinagem, o campo vibratório destas pessoastorna-se propício à atuação dos kiumbas (espíritos obsessores ezombeteiros). Por esse motivo, nos dias que antecedem ao carnaval, osumbandistas fazem firmezas de Exus a fim de fortalecerem-se contra aação desses obsessores. Os guardiões têm por função impedir que essasenergias invadam o espaço daqueles que não comungam com taiscomportamentos. Os umbandistas não estão proibidos de brincar ocarnaval, mas se faz necessário que tenham responsabilidade consigomesmos. Afinal, nosso corpo é o primeiro templo.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A mediunidade




A mediunidade abrange diversos dons mediúnicos e todos eles podem ser desenvolvidos, sendo eles não apenas a incorporação, e sim a vidência a intuição e etc. As faculdades mediúnicas mais ostensivas devem ser devidamente colocadas sob controle dos seus possuidores, para seus equilíbrios psicológicos e sua aceitação social.






Para acolher, orientar e auxiliar o médium no domínio consciente de sua mediunidade e incorporá-la religiosamente à sua vida, realizamos o desenvolvimento mediúnico, junto com a iniciação do médium a doutrina umbandista, onde lhe é passado e orientado os fundamentos e historia da Umbanda.

Nos dias de desenvolvimento, mesmo tendo como foco a mediunidade de incorporação, trabalhamos de maneira a desenvolver os diferentes dons, por meio de atividades teóricas e práticas,onde o médium aprende primeiramente como funciona o seu corpo espiritual, como é o mecanismo de incorporação, quais os campos vibratórios, quais as energias positivas e as energias negativa, para após de obter esse conhecimento básico , começar a desenvolver a sua mediunidade.






Dentre os assuntos que são enfatizados, citamos a importância da reforma íntima, do aperfeiçoamento pessoal, pois todos os médiuns devem ser exemplo de conduta para a sociedade, pois são seres que foram escolhidos para ajudar o próximo e não deve ter atitudes que não condisse com um servo de nosso pai Oxalá, lembrando que todos que estão na terra, são humanos e não se devem privar das atitudes da terra, porem é necessário saber usar o equilíbrio e o limite para não tomar atitudes que não são compatíveis com a de médiuns.



Pai Felipe D´ Xangô.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Cambonos: Os médiuns de sustentação




Cambono é um secretário das entidades. Ele zela pelo bom atendimento, ajuda a dinamizar as consultas, facilita o trabalho das entidades e serve também como intérprete destas.
O cambono, na verdade, é um médium em desenvolvimento ou que não incorpora. Também podem ser utilizados os outros médiuns em regime de escala. O seu trabalho dentro do Templo é tão importante quanto o dos demais médiuns e, mesmo sem estar incorporado, ele é parte integrante de todo o trabalho espiritual, pois os Guias Espirituais se utilizam dele para retirar as energias que serão utilizadas no atendimento aos consulentes. Muitas vezes, um Guia Espiritual tem dificuldades de adentrar no íntimo do consulente devido à densidade energética presente na pessoa e lança mão da presença do cambono e, através deste, fazendo como que "uma ponte", consegue auscultar o íntimo da pessoa.
Como o trabalho do cambono é de secretário, ele deve, antes de tudo e se possível com um dia ou mais de antecedência, deixar preparado todos os apetrechos de trabalho que costumam ser utilizado pela entidade a qual irá cambonear. Ele precisa saber os hábitos de trabalho da entidade em dias de atendimento ou, se for a sua primeira vez, deve se informar sobre o que precisará ter em mãos, caso seja pedido, evitando assim atrasos desnecessários durante as consultas. O cambono, na verdade, precisa ter conhecimento de todo o culto e de todas as entidades, precisando, então, prestar muita atenção à atuação delas durante as giras.
Sempre que solicitado, o cambono deve ajudar as entidades a se comunicarem com os consulentes, desde é claro, que seja treinado para isso e também que seja muito atento a tudo o que a entidade solicitar. Na verdade, o cambono, em alguns casos, poderá explicar de uma forma mais simples ou mesmo interpretar o que for dito para que o consulente não distorça as palavras das entidades. Lembre-se de que para este trabalho o cambono deverá ser preparado em uma espécie de estágio nas Giras de desenvolvimento para que possa saber como as entidades trabalham.
O cambono, antes de qualquer coisa, é pessoa de extrema confiança do Pai ou Mãe da casa, assim como da entidade que estiver atendendo; portanto, caso perceba qualquer coisa estranha, qualquer coisa que não faça parte dos procedimentos normais, deve reportar-se ao Guia-chefe ou ao Pai ou Mãe da casa na mesma hora. É por isso que é tão importante, e necessário, que o cambono saiba todos os procedimentos de trabalho e todas as normas da conduta que entidades e médiuns devem ter dentro do Templo.
O fato de auxiliar nas consultas exige que o cambono seja discreto e mantenha sigilo sobre tudo o que ouvir, não se esquecendo de que ali estão sendo tratados assuntos particulares e que não dizem respeito a ninguém além da pessoa que estiver sendo atendida e da entidade. O sigilo é um juramento de confiança que todo o cambono deve ter e fazer.
Sem a ajuda de um cambono, os trabalhos tornam-se lentos e o atendimento aos consulentes ficaria difícil, principalmente se o Templo atender um grande número de pessoas. Para que tudo transcorra de forma satisfatória, a presença de um cambono é de grande necessidade dentro do Templo, mas este não deve jamais confundir a entidade com a pessoa, isto é, ele é cambono do Guia Espiritual e não daquele médium, que é apenas um irmão dentro do Templo. O que ele pode, sim, é perguntar ao médium com o qual trabalha como deve proceder para prestar um melhor atendimento à entidade durante os trabalhos.
Uma prática útil e aconselhável dentro de um Templo é a troca de cambonos entre as entidades. Isto traz um maior aprendizado aos cambonos e também faz com que estes se habituem a tratar todas as entidades da mesma forma, sem criar laços afetivos exagerados. Desenvolver afeto pelas entidades é comum, mas a afinidade espiritual só é saudável se não conduzir à dependência; portanto, o chefe da casa poderá decidir-se pelo trabalho alternado e, nesse caso, deverá fazer com que todos saibam disso com antecedência.
De vez em quando, todos médiuns, mesmo aqueles que incorporam, deveriam trabalhar como cambonos para poderem aprender mais e desenvolver a humildade, que é a característica mais importante que um médium deve ter.
Obs: Somente o Guia-Chefe deverá ter um cambono fixo e da confiança do sacerdote, pois provavelmente participará ativamente de todas as resoluções tomadas em relação a médiuns e ao Templo. Normalmente, o Guia-Chefe requer certa rapidez e presteza em seus atos e atendimentos, e só um cambono fixo poderá se prestar eficientemente como auxiliar.
Materiais básicos que os cambonos precisam ter durante os trabalhos:
Uma malinha (tipo mala de ferramentas), para colocar seus apetrechos de trabalho.
Uma sacolinha, pendurada no pescoço, com todo o material necessário para o atendimento imediato dos guias, como: isqueiro – caneta – bloquinho de papel, etc.
Um pano de cabeça (se for de uso do seu Templo).
Uma toalhinha branca (para higiene).
Veja bem: esta é uma lista de material utilizada normalmente. Desde que saiba qual entidade irá cambonear, o cambono deve saber se ela usa materiais específicos, tais como ervas, velas, bebidas, ferramentas de trabalho, etc. e se organizar junto ao médium com o qual trabalhará para ter tudo por perto.
É importante saber que todo o material de uso das entidades é de responsabilidade do médium que a incorpora e que o trabalho do cambono é estar atento para que este material não falte ou acabe, devendo comunicar o médium com antecedência quando o material estiver acabando.
Obs: O Cambono é um auxiliar do Templo e não um empregado dos médiuns. A educação e a lisura devem estar presentes a todo instante.

Água da Paz.


Quando alguém lhe provocar irritações- pegue um copo de água-beba um pouco e conserve o resto na boca. Não ponha- nem engula. Enquanto durar a tentação de responder- deixe a água banhando a língua. Esta é a água da paz

Chico Xavier

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Os Ciganos na Umbanda!

O Povo cigano, traz magia, amor e fartura.

Os mistérios desse povo nômade, ronda também as Giras de Umbanda. A presença dessas entidades é rara, mas quando chegam trazem com eles todos os mistérios da magia.
Mas não uma magia trabalhada apenas nas ervas e sim na destreza com que lidam com o astral, com seus punhais, suas cartas, bola de cristal, adivinhações, são verdadeiramente os "mágicos" da Umbanda.

São sutis, delicados, amorosos, práticos. Gostam da dança embaladas pelos Banjos, da comida farta, gostam de reunir sua "Compania" em volta de suas fogueiras, ou seja, gostam da fartura e da liberdade.

Não criam raiz, vão onde está a fortuna.Por não criar raízes, o povo cigano existe inclusive nos dias de hoje, em diversas partes do mundo. Na umbanda, se manifestam ciganos que são de origem oriental, como também ciganos de outras partes do mundo, inclusive brasileiros.

Salve os Ciganos!!!

Prece Caboclo 7 Pedreiras.

Vós, que com a força de vossas 7 pedreiras, mantém a sabedoria e a justiça de nosso Pai Xangô, olhai por nós e que Vossa Bondade se derrame por nossas cabeças, não nos deixes desamparados. Que a força de vossa primeira Pedreira, envie- nosos mais puros fluidos e sentimentos de amor e caridade por toda a humanidade e que todos os seres humanos possam sentir vossa real justiça. Que a vossa segunda Pedreira seja um escudo contra as injustiças que possam nos atingir. Que vossa terceira Pedreira seja a luz que nos guará através de nossas vidas, pelo caminho verdadeiro da salvação eterna. Que a vossa quarta Pedreira seja o peso que Vos colocará em cima de nossos erros e faltas e pedimos humildemente que nos guiai para que não possamos mais errar; ajudai- nos a nos manter dentro de vossas sábias leis. Que a vossa quinta Pedreira proteja- nos contra tudo e contra todos. E os que pensam cometer injustiças contra nós, seja a quinta Pedreira a luz que brilhará aos olhos dessas criaturas, mostrando- lhes o verdadeiro caminho do amor e da paz. Que a vossa sexta Pedreira seja o marco de uma nova era e que toda a proteção de nosso Pai Xangô caia como faíscas toda vez que possamos um erro ou uma injustiça cometer. Que a vossa sétima e última Pedreira seja a fonte onde iremos buscar o eterno consolo da verdade, do amor e da caridade. E que todas as vossas sete Pedreiras nos abeçoem e nos iluminem por toda uma Eternidade. Saravá Caboclo Sete Pedreiras, Saravá!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

7 Encruzilhadas.


A noite convidava à festa,
Os sorrisos pairavam no ar,
Os olhos percorriam a Vida
E as estrelas se faziam brilhar.

Tudo era alegria
Naquele dia qualquer....
Eu havia lhe feito promessas,
Eu havia lhe dado presentes...
Mas não contava que a felicidade
Tivesse um preço tão ardente!

A bela tentou me avisar,
Correndo pela ladeira...
Mas, chegou tarde, a pobre,
Pois já era feita a colheita!

Foi nas quebradas da noite,
Lá pras bandas do Tuití...

As bebidas e as gargalhadas
Criavam imagens berrantes
Quando o alvoroço chegou,
Dando fim ao som da música
Que naquele instante parou!

O infeliz mau amado,
Ferido no seu orgulho
De homem, de fera, de alma carente,
Lançou-me na escuridão
Feito um bicho doente!
O golpe a mim desferido
Com punhal ainda pulsa
E ainda lembro da noite,
Que mais sozinho fiquei,
Olhando-me sem entender,
Meu corpo frio, escondido,
Servindo de alimento
Para os vermes, apodrecer!

A tocaia do destino
Cumpriu-se no seu ardor,
Não sei bem quem desferiu
A primeira garrafada...
Porém, caindo, cambaleando,
Ainda zonzo, entendi:
- Eis-me a hora derradeira,
Eis que chega o meu fim!...

Embora a dor me pungisse o corpo,
Queimando-me as entranhas,
Ainda puder reter os olhos
Naquele pobre infeliz,
Porém, mais pena senti de mim...
- Deus do céu! O que eu fiz?!

Ainda lembro do olhar
De um amigo assustado,
O único a chorar o pranto
Da minha triste despedida,
Que volto a encontrar no tempo,
Feito Alma, minha amiga!

A rua se fez deserta
No morro do Tuití.
Não se soube do indigente
Que ali teve seu fim!

Mas que engano tão irônico,
Lá estava eu a penar
E nem mesmo outro infeliz,
Que eu pudesse abraçar...

Fiquei na escuridão das trevas,
O que chamam de Umbral,
E não sei por quanto tempo
Eu paguei pelo meu mal!

Até que um dia, Deus louvado,
Uma luz se acendeu,
Em meu caminho solitário,
Uma alma intercedeu!

Estendeu a sua mão,
Num gesto protetor,
Tirando-me das trevas
E me dando seu amor.

Ao anjo que me salvou
Após tantas preces pedidas,
O meu feliz obrigado,
A minha eterna amizade,
Adeus às trevas e ao medo,
Bendigo, hoje, seu nome:
Meu Amigo e Irmão Alfredo!

Hoje na minha lida,
De ajudar e servir,
Lição tiro da vida,
Daquela que perdi...

Não fazer mal a si mesmo,
Muito menos ao seu irmão,
Pois as contas se ajustam,
Do outro lado do portão!

Faço versos no Astral,
Como humilde versejador,
Canto as frases que repito
Para quem vem perguntar,
Pois hoje sou Exu pequenino
Na ânsia de ajudar,
Seguindo o Pai Maior
No seu gesto de amar!

E sou 7 Encruza por que jurei
7 mil vezes 7, perdoar
A toda e qualquer punhalada
Que me venha magoar!
E sou das Almas,.
Pois uma Alma sou,
Num eterno caminhar,
Em direção à Luz,
Sob o manto de Pai Oxalá

Sete Encruzilhadas.

REUNIÃO 11/AUDIÊNCIA PUBLICA 24 03 LEI CONTRA O CANDOMBLÉ E A UMBANDA


ATA da Reunião.

1- Encaminhamentos quanto ao PL. 992/2011 do Deputado Feliciano Filho que proíbe o uso de animais nos cultos religiosos no estado de São Paulo (Realização de Audència Pública em 24/03/2012 das 09h00 as 14h30);
2- Realização de audência Pública (14/04) sobre PLs. (Projetos de Lei) da Cãmara dos Deputados que tratam de temática semelhante;
3- Informes;


DIA: 11/02/2012 (SÁBADO)
HORÁRIO: 09h00 (Nove Horas)
LOCAL: ASE TORUM OFUM - ALCIDES DE AJAGUNAN
ENDEREÇO: Avenida Doutor Ataliba Soares de Sá, 220 - Parque Via Norte (Fone: 3245-0991 - Alcides de Ajagunan) . Ponto de referência: Deposito de Material de Construção, antiga CONSTRUVIP)

CONVIDAM:
Pai Airton de Ogum (9305-8043 / 3243-3301))
Maurílio D´Oxossi (9844-4269)
Toloji (9700-7087 / 3276-5687)

Povo do Axé, vamos nós unir.

Axé.

Pai Felipe D´ Xangô.

As sete lágrimas de preto velho


Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, pitando o seu cachimbo, um triste preto velho chorava. ..
De seus olhos molhados, lágrimas desciam-lhe pelas faces e, não sei porque, contei-as… Foram sete!
Na incontida vontade de saber,aproximei-me e o interroguei…
- Fala meu preto velho, diz ao teu filho porque externas assim uma tão visível dor?
E ele, suavemente respondeu…
- Estás vendo esta multidão que entra e sai? As lágrimas contadas são distribuídas a cada uma delas.

A primeira, eu dei a estes indiferentes que aqui vem em busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas ofuscadas mentes não podem conceber…

A segunda, a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que os seus próprios merecimentos negam…

A terceira, distribuí aos maus, aqueles que somente procuram a Umbanda em busca de vingança, desejando sempre prejudicar um semelhante…

A quarta, aos frios e calculistas, que sabem que existe uma força espiritual e procuram beneficiar-se dele de qualquer forma e não conhecem a palavra gratidão…

A quinta, chega suave, tem o riso e o elogio da flor nos lábios, mas se olharem bem o seu semblante, verão escrito “Creio na Umbanda, nos seus caboclos e no seu Zambi, mas somente se vencerem o meu caso, ou me curarem disso ou daquilo”…

A sexta, eu dei aos fúteis, que vão de terreiro em terreiro, não acreditando em nada, buscam aconchegos e conchavos, porém seus olhos revelam um interesse diferente…

A sétima filho, notas como foi grande e como deslizou pesada, foi a última lágrima, aquela que vive nos olhos de todos os orixás; fiz doação dessa aos médiuns, vaidosos, que só aparecem no terreiro em dias de festa e faltam as doutrinas. Esquecem que existem tantos irmãos precisando de caridade e tantas criancinhas precisando de amparo material e espiritual…

E assim, filho meu, foi para esses todos, que viste uma a uma, as sete lágrimas desse preto velho!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012



Carma ou Mérito?
Vovó Benta




PERGUNTA: A incumbência de dirigente de Umbanda, como denominam popularmente de Pai ou Mãe de terreiro, é carma ou mérito?






VOVÓ BENTA: Nega véia costuma dizer que a maioria dos presentes que ganhamos tem o papel do pacote mais bonito do que o conteúdo. E esse é um deles. O médium que recebe da espiritualidade a missão de dirigir um agrupamento de outros médiuns, o faz, em primeiro lugar por necessidade de evolução e em segundo lugar porque possui a confiança daqueles que lhe dão tal incumbência.




Vamos falar daqueles que receberam a missão do plano espiritual, projeto realizado antes de sua encarnação na terra e não daqueles dirigentes " feitos" em cursos.




Tarefa mediúnica das mais difíceis e que exige dedicação total daquele espírito reencarnado, além de dose extrema de paciência, perseverança, humildade e amor. Mas ao mesmo tempo, exige dele também pulso firme e forte personalidade para impossibilitar que sua colheita seja prejudicada pela invasão das pestes.




A dificuldade de cumprir a tarefa de dirigente sempre se acentua dentro do terreiro, com os médiuns e muito pouco na caridade com o povo. Todo médium de tarefa, é um ser encarnado para curar seu espírito endividado e o terreiro é o hospital onde vai se internar por um longo tempo de sua vida na terra. Sabemos que a maioria dos pacientes são impacientes, não é mesmo? E aí é que complica!




O dirigente também não deixa de ser um doente que além de se tratar, agora pode estagiar ajudando aos médiuns de sua corrente " hospitalar". Isso não o coloca como um semi-deus perfeito do qual não se admitem mais erros, muito menos como alguém que tudo pode, em qualquer hora e em qualquer situação.




Dele será exigido posturas mais firmes bem como entendimento mais apurado. Ele deverá se aprimorar constantemente com estudo e reforma íntima, exigindo da corrente igual compromisso. Tais posturas serão necessárias em função do tamanho de sua responsabilidade e dentre elas está a de cortar o mal pela raiz, priorizando sempre a corrente como um todo, sem privilégios a quem quer que seja.




Ao assumir tal posto diante da espiritualidade, antes de reencarnar, já estará consciente de que sua vida não será " comum" e que certamente terá que abdicar de muitas coisas materiais, em favor do lado espiritual.




O termo Pai e Mãe agracia o médium com a postura de se colocar como tal, amparando, educando e auxiliando a corrente como verdadeiros filhos de seu coração. Tarefa mais difícil ainda, pois esses " filhos" não vieram de seu ventre e não nasceram ontem. São adultos, viciados e com personalidade formada. Cada um com seus egos aflorados, com suas necessidades de reformulação e o fato de portarem a mediunidade, já os qualifica como devedores em potencial.




E certamente, reeducar um adulto é muito mais difícil do que educar uma criança. É pepino torto. Observo nos terreiros por onde ando que muito se exige do dirigente e muito pouco se retribui. Falta nos médiuns, desde respeito até aquilo que os deveria mover dentro da corrente, que é amor. Humildade então, meus filhos, é coisa rara. Em compensação sobra bajulação, geralmente usada como meio de se fazer preferido na corrente.



Nega véia costuma dizer que criança que se cria como bibelô, como tal vai quebrar quando adulto. Todo aquele que não teve rédea firme na infância para domar suas más tendências, vai chegar no terreiro e expô-las de modo a perturbar a ordem do lugar. Hora e vez de impor as leis que regem a Casa, independente do que possa pensar a respeito disso, o médium em questão. Se mesmo indisciplinado, tiver algo de humildade, vai receber o chamamento como aprendizado e ali vai crescer, mas se pelo contrário, além da indisciplina prevalecer nele a arrogância e o orgulho, acolherá como ofensa e infelizmente, o remédio é amargo para essa doença.




A tarefa é tão árdua que muitos desistem na metade da caminhada, outros se corrompem, mas, ainda bem que uma grande maioria volta à casa com sua coroa iluminada pela luz do dever cumprido e a estes, o mérito de conseguir dar um salto em sua evolução.


O MÉDIUM DE UMBANDA



O médium de Umbanda, ainda que muitos não o valorize, é o ponto chave do ritual de Umbanda no plano material.

E por sê-lo, deve merecer dos filhos de Fé já maduros (iniciados) toda atenção, carinho e respeito quando adentram no espaço interno das tendas, pois é mais um filho da Umbanda que é “dado” à luz. E tal como quando a generosa mãe dá à luz mais um filho, onde tanto o pai quanto os irmãos se acercam do recém-nascido e o cobrem de bênçãos, amor, carinho e… compreensão para com seus choros, o novo filho de
Fé ainda é uma criança que veio à luz e precisa de amparo e todos os cuidados devido à sua ainda frágil constituição íntima e emocional.

Do lado espiritual, todo o apoio lhe é dado, pois nós, os espíritos guias deles, sabemos que este é o período em que mais frágil se sente um ser que traz a mediunidade.

Para um médium iniciante, este é um momento único em sua vida, e também um período de transição, onde todos os seus valores religiosos anteriores de nada lhe valem, pois outros valores lhe estão sendo apresentados.

Para todos os seres humanos este é um período extremamente delicado em suas vidas. E não são poucos os médiuns que se decepcionam com a falta de compreensão para com sua fragilidade diante do novo e do ainda desconhecido.

É tão comum uma pessoa dotada de forte mediunidade e de grandes medos, ser vista como “fraca” de cabeça pelos já “tarimbados” médiuns. Mas estes não param para pensar um pouco no que realmente incomoda o novo irmão e, com isto, o Ritual de Umbanda Sagrada vê mais um dos seus recém-nascidos filhos perecer na maior angustia, e socorre-se a outros rituais que primam pela ignorância do mundo espiritual e sufocam nos seus fieis, seus mais elementares dons naturais.

Muitos apregoam que tantos e tantos brasileiros são umbandista, e que isto demonstra o vigor da religião umbandista. Mas, infelizmente, isto não é verdade, e só serve para diminuir o que poderia ser uma grande verdade.

Vários milhões de brasileiros já assumiram suas mediunidades por completo e são médiuns praticantes, que incorporam regularmente seus guias dentro das tendas onde trabalham, ou nas suas reuniões mais intimas em suas próprias casas.

Mas alguns milhões de filhos de Fé com um potencial mediúnico magnífico já foram perdidos para outros rituais, porque os diretores das tendas não deram a devida atenção ao “fator médium” do ritual de Umbanda, assim como não atentaram para o fato de que aqueles que lhes são apresentados pelos guias zeladores dos novos médiuns, se lhes são enviados, o são pelo próprio espírito universal e universalista que anima a Umbanda Sagrada, e que é o seu espírito religioso, que no lado espiritual tem meios sutis de atuar sobre um filho de Fé, mas no lado material depende fundamentalmente dos pais e mães no Santo, animadores materiais desse corpo invisível, mas ativo e totalmente religioso.

É tão comum vermos médiuns já “iniciados” que não tem a menor noção da existência desse corpo religioso umbandista que se move através do plasma universal que é Deus, é fé e é religiosidade. “Eu sou filho de tal orixá…”, e pronto! Sua fé acaba a partir daí, e sua ligação com este plasma divinizado numa religião fica restrito a isto: “Eu sou filho de tal orixá”.

Incorpora seus guias, estes trabalham, e maravilhosamente, pois estão em comunhão total com este espírito ativo que é o corpo religioso umbandista, corpo este que assume a forma de orixás ou de seus pontos de forças, mas que não deixam de irradiar essa energia divina chamada “Fé”.

O ritual é aberto a todas as manifestações, mas o lado material ( médiuns) tem de ser esclarecido de que as manifestações só acontecem por causa desse espírito religioso invisível conhecido por Ritual de Umbanda Sagrada, e que fora dele não há manifestações, mas tão somente possessões espirituais.

É este espírito invisível que sustenta todas as manifestações, quando em nome da Umbanda Sagrada são realizados.

Houve um tempo em que os orixás foram sincretizados com santos católicos, pois aí a concretização do ritual aconteceria. As imagens “mascaravam” a verdade oculta e as perseguições religiosas, políticas e policiais foram abrandadas.

Mas, atualmente, isto já não é preciso como meio de expansão da Umbanda Sagrada. Hoje já existe liberdade suficiente para que todos digam abertamente: “Sou um filho de Fé, sou um filho de Umbanda!”.

Mas para que isso possa ser realmente dito, é chegado o tempo de a Umbanda deixar de perder seus filhos recém-nascidos para religiões que ainda recorrem a princípios medievais, quando não obscurantistas.

Há de ser criada uma forte linha de fé doutrinadora dos sentimentos religiosos dos filhos de Fé, pois só assim a Umbanda Sagrada sairá do interior das tendas e dos lares e abarcará, num movimento abrangente e envolvedor, os milhões de irmãos que afluem às tendas ou aos médiuns à procura de uma palavra de consolo, conforto ou
esclarecimento.

É chegado o momento de todos os médiuns, diretores espirituais, dirigentes espirituais e pais e mães no Santo, imprimirem aos seus trabalhos mais uma vertente da Umbanda Sagrada: a doutrinação dos irmãos e irmãs que afluem às tendas nos dias de trabalho.

É preciso uma conscientização dos pais e mães no Santo de que os necessitados, os aflitos, os carentes afluirão não só às tendas de Umbanda, mas também a todas as outras portas abertas onde há uma promessa, um vislumbre de socorro imediato. Mas só aquelas portas que, a par do socorro imediato, oferecerem uma luz para toda a vida,
alcançarão seu real objetivo, pois a par do imediato também oferecem o bem duradouro, que é a fé forte numa religião. E a Umbanda Sagrada é uma religião!

Por isso ela tem de sair das tendas e conquistar corações dos que a ela afluem nos dias de trabalho, e conquistar o respeito e a confiança de todos os cidadãos no seu trabalho de doutrinação e salvação de almas.

Nós temos acompanhado com carinho e atenção os irmãos umbandistas que têm oferecido a maior parte de suas vidas a esta necessidade da religião umbandista – abençoados sãos estes verdadeiros filhos de Umbanda, mas temos acompanhado a vida de todos os pais e mães no Santo e temos visto que bloqueiam a si próprios e às suas potencialidades doutrinadoras dentro da Umbanda Sagrada, quando limitam a si e sua religião aos trabalhos dentro de suas tendas, quando os seus guias incorporam e … trabalham.

Limitam-se só a isto e limitam à própria religião umbandista, pois não concedem a si próprios as qualidades que seus orixás lhes mostram que são possuidores. Muitos filhos de Fé, movidos de nobres e dignificantes intenções, buscam nas línguas a explicação do termo “Umbanda”. Alguns chegam a mergulhar no passado ancestral em
busca do real significado desta palavra.

Nada a opor de nossa parte, mas melhor fariam e mais louvável aos olhos dos orixás seriam seus esforços, caso já tivessem atinado com o real e verdadeiro sentido do termo “Umbanda”.

Umbanda significa: o sacerdócio em si mesmo, na m’banda, no médium que sabe lidar tanto com os espíritos quanto com a natureza humana.

Umbanda é o portador das qualidades, atributos e atribuições que lhe são conferidas pelos Senhores da natureza; os orixás! Umbanda é o veiculo de comunicação entre os espíritos e os encarnados, e só um Umbanda está apto a incorporar tanto os do Alto, quanto os do Embaixo, assim como os do Meio, pois ele é, em si mesmo, um templo.

· Umbanda é sinônimo de poder ativo.

· Umbanda é sinônimo de curador.

· Umbanda é sinônimo de conselheiro.

· Umbanda é sinônimo de intermediador.

· Umbanda é sinônimo de filho de Fé.

· Umbanda é sinônimo de sacerdote.

· Umbanda é a religiosidade do religioso.

Umbanda é o veiculo, pois trazem em si os dons naturais, pelos quais os encantados da natureza falam aos espíritos humanos encarnados.

Umbanda é o sacerdote atuante, que traz em si todos os recursos dos templos de tijolo, pedras ou concreto armado.

Umbanda é o mais belo dos templos, onde Deus mais aprecia ser manifestado, ou mesmo onde mais aprecia estar: no intimo do ser humano.

Umbandas foram os primeiros espíritos dos sacerdotes, que aos poucos foram criando para si, no intimo dos médiuns filhos de Santo já preparados para recebe-los, uma linha tão poderosa, mas tão poderosa que realizavam curas milagrosas nos freqüentadores dos terreiros de “macumba”.

Umbandas eram os caboclos índios que dominavam os quiumbas e libertavam os espíritos encarnados de obsessores vingativos e perseguidores.

Umbandas eram os pretos-velhos que baixavam nas “mesas brancas” e faziam revelações que não só deixavam admirados quem os ouviam, mas encantavam também.

Umbandas eram os exus e pombas-giras brincalhões, debochados e francos, tanto quanto os encarnados, pois falavam a estes de igual para igual, e com isso iam rompendo o temor dos filhos de Santo para com seus “santos”.

Umbanda era o inicio do rompimento da casca grossa da rituália de culto aos eguns (os sacerdotes) já no outro lado da vida.

Umbanda o sacerdócio; embanda, o chefe do culto; Umbanda, o ritual aberto do culto dos ancestrais.

Umbanda, onde na banda do “Um”, mais um todos nós somos, pois tudo o que nos cerca, através de nós pode se manifestar.

Umbanda, na banda do “Um” , um todos são e sempre serão, desde que limpem seus templos íntimos dos tabus a respeitos dos orixás e os absorvam através da luz divina que irradiam seus mistérios. Daí em diante, serão todos “mais um”, plenos portadores dos mistérios dos orixás.

Na Umbanda, o médium não é esvaziado, mas tão somente enriquecido com a riqueza espiritual de todos os orixás.

Umbanda provém de “m’banda”, o sacerdote, o curador.

Umbanda é sacerdócio na mais completa acepção da palavra, pois coloca o médium na posição de “doador” das qualidades de seus orixás, que impossibilitados de falarem diretamente ao povo, falam a partir de seus templos humanos: os filhos de Fé!

Despertem para esta verdade, pais e mês de Santo! Olhem para todos os que chegam até vocês, não como seres perturbados, mas sim como irmãos em Oxalá que desejam dar “passagem” às forças da natureza que lhes chegam, mas encontram seus templos (mediunidade) ocupados por escolhos inculcados neles, através de séculos e séculos que estiveram afastados de seus ancestrais orixás. Não inculquem mais escolhos
dizendo a eles que tem orixá brigando pela cabeça deles, ou que exu está cobrando alguma coisa.

Tratem os filhos que Olorum, o Incriado, lhes envia com o mesmo amor, carinho e cuidados que devotam a seus filhos encarnados.

Cuidem deles; transmitam a eles amor aos orixás, pois orixá é o amor do Criador às Suas criaturas.

Ensinem-lhes que, na lei de Oxalá, ninguém é superior a ninguém, pois na banda do “Um”, mais um todos são.

Mostrem-lhes que orixá é um santo, mas é mais do que isso: orixá é a natureza divina se manifestando de forma humana, para os espíritos humanos.

Não percam tempo tentando contar lendas do tempo de cativeiro, quando irmãos de cultos diferentes, raças diferentes e formações as mais diversas possíveis, eram reunidos numa só senzala e evitavam a mistura dos orixás com medo de perderem seus últimos vestígios humanos: seus “santos”de cabeça e de fé. O tempo da escravidão já é passado e Umbanda é liberdade de manifestação dos orixás através dos seus veículos naturais; os médiuns.

Ensinem-lhes que, se estão aptos a incorporarem o “seu” pai de cabeça, também estão aptos a serem as moradas de todos os outros “pais”, pois orixá é antes de qualquer coisa e acima de tudo, isto: senhora da cabeça. é senhor da coroa luminosa que paira em torno do mental purificado do filho de Fé já liberto dos escolhos que o mantinham acorrentado e escravizado a tabus e dogmas religiosos, que antes de tudo visavam impedi-lo de ser mais um na banda do “Um”, e mantê-lo na eterna dependência da vontade dos carnais senhores dos cultos ao Criador, onde um é o pastor e os restantes, só rebanho, ovelhas mesmo!

Digam que na banda do “Um”, o rebanho é composto só de pastores, pois “Umbanda” é sacerdócio.

Esclareçam ao filho recém-chegado que se sente incomodado, que isto não é nada ruim, pois há todo um santuário aprisionado em seu intimo que está tentando explodir através de sua mediunidade magnífica.

Conversem demoradamente com ele e procurem mostrar-lhe que Umbanda não é a panacéia para todos os males do corpo e da matéria, mas sim o aflorar da espiritualização sufocada por milênios e milênios de ignorância e descaso para com as coisas do espírito.

Expliquem que pode fazer o que quiser com seu corpo material, mas deve preservar sua coroa (cabeça), pois é nela que a luz dos orixás lhe chega e o liberta dos vícios da carne e do materialismo brutal.

Ensinem-lhe que, como templos, deve manter limpo seu íntimo, pois nesse íntimo há uma centelha divina animada pelo fogo divino que a tudo purifica, e que o purificará sempre que entregar sua coroa ao seu orixá. Instrua-os com seu mentor guia chefe, irmãos e irmãs (pais e mães de Santo).

Estabeleçam um dia da semana ou do mês dedicado exclusivamente a um guia doutrinador que lhe falará da Umbanda a partir da visão mais acurada desta religião, em que os fiéis são mais que fiéis: são “meios” onde toda uma gama magnífica de seres de altíssima evolução se manifestam como humildes pretos-velhos, garbosos mas amáveis caboclos, inocentes crianças ou humanos exus e pombas-giras.

Sim porque nós conhecemos irmãos exus que possuem muito mais luz do que vocês imaginam. E se preferem atuar como exus, é porque assim, bem humanos, chegam mais rápido até onde desejam: aos consulentes sofredores e veículos de espíritos sofredores afins.

Ensinem aos médiuns que eles trazem consigo mesmo todo um templo já santificado e que nele se assentam os orixás sagrados. E que através desse templo muitas vozes podem falar, e serem ouvidas pois Umbanda provem de Embanda: sacerdote!

E o médium é um sacerdote, um embanda, um Umbanda, ou mais um na banda do um, a Umbanda!

(Texto extraído do livro “O código de Umbanda” – obra inspirada pelos mestres da Luz: Senhor Ogum Beira-Mar, Pai Benedito de Aruanda. Li-Mahi-An-Seri-yê, Seiman Hamiser yê e Mestre Anaanda e psicog. por Rubens Saraceni).

Médium Espírita x Médium Umbandista

Médiuns de Umbanda nascem com os chackras totalmente abertos e girando em frequências de bastante aceleração. Isto porque já fica designado desde o planejamento da encarnação do espírito o tipo de atuação mediúnica que irá desenvolver. Esta modalidade de atuação mediúnica é determinada pelo Conselho dos Senhores do Carma. Geralmente, mas nem sempre, os médiuns umbandistas tiveram uma atuação muito intensa com magia negra no passado, já inclusive durante os tempos de Atlântida, por isso hoje possuem muito conhecimento para trabalhar com energias densas e desmanchar trabalhos feitos para o mal. A rotação acelerada dos chackras é necessária para que dispersem com mais rapidez a extrema carga que um médium de Umbanda deve transmutar durante sua encarnação como médium. Desde o seu nascimento as entidades que serão seus guias já se polarizaram nesses chakras, cada qual com atuação mais ou menos intensa, conforme a entidade. Os espíritos que vestem a roupagem fluídica de pretos-velhos ou exús se ligam mais no chackra básico e chackra gástrico. Os que vestem a roupagem de caboclos se limam mais no chakras cardíaco e laríngeo e assim por diante. Extensas explicações sobre isso se encontram no livro "A PROTOSÍNTESE CÓSMICA", do Mestre Araphiaga (Francisco Rivas Neto), que é de autoria do caboclo das Sete Encruzilhadas, fundador espiritual da AUM BANDAN ("Umbanda"), que significa Código das Leis Divinas. Mestre Rivas Netto é o fundador da Faculdade de Teologia Umbandista, situada em São Paulo.

No Espiritismo ou Kardecismo os chakras dos médiuns são mais fechados e só abrem aos poucos, durante a sua vida, conforme seu desenvolvimento espiritual e mediúnico.Médiuns espíritas não necessitam de grande rotação de seus chackras, pois que trabalham mais com a questão da reforma íntima e preparação moral e espiritual da humanidade, além da libertação de espíritos sofredores e obsessores de níveis mais sutis. A Umbanda tem um compromisso sério com a varredura dos planos abissais da Terra, onde se encontram legiões mais graduadas na arte da magia negra, com repercusão muito intensa na vida de muitas pessoas e na própria sociedade humana, em todos os setores. Leiam obras de Robson Pinheiro: "Legião" e "Senhores da Escuridão", por exemplo. Por isso é que são preparadas na egrégora da Umbanda, nos planos espirituais, entidades especialistas em magia branca ou anti-goécia, que irão manipular os quatro elementos (água, terra, fogo e ar), acessando assim o éter físico, que é a substância com a qual conseguem destruir as bases do mal instaladas nos reinos das sombras. Por isso é que a Umbanda tem os seus Orixás, que são as energias vibratórias de cada reino da natureza. É por isso que a Umbanda tem todo aquele arsenal de elementos da natureza. O Espiritismo trabalha com ondas mentais e mais sutis, isto é, menos mórbidas. Portanto não precisam usar matéria densa, que provém dos elementos materiais - este o motivo das oferendas e despachos.

Cada coisa no seu lugar, pois o Pai é sábio! Cada médium com suas funções, pois os compromissos são diferentes para cada qual! Mas muitas pessoas podem ter tanto atribuições na Umbanda, quanto no Espiritismo, pois o Espiritismo é uma doutrina de esclarecimento sobre vida espiritual, uma filosofia de vida com base nas múltiplas existência, a reencarnação, na lei de ação e reação e na questão da comunicação com o mundo espiritual. No entanto, muitas pessoas que trabalham no Espiritismo jamais trabalharão na Umbanda, pois seus chackras não vieram preparados para receber grandes cargas espirituais que terão que ser dissipadas com a ajuda dos guias responsáveis por isso, em cada um dos seus chackras correspondentes. Por isso é que os médiuns de Umbanda precisam girar e ter tantos movimentos e brados característicos. Esta "performance" espiritual mediúnica foi estudada detidamente pelos elaboradores da Umbanda no plano espiritual, pois a Umbanda nasceu no Brasil e sua doutrina difere muito de antigas modalidades de sincretismo baseados principalmente no Candomblé, que difere bastante da Umbanda e que emergiu no Brasil, através de Zélo de Moraes, incorporando o Caboclo das Sete Encruzilhadas, pela primeira vez. Toda a ritualística da verdadeira Umbanda diz respeito à elevada sabedoria dos guias que, na sua maior parte, são exímios manipuladores de magia branca, por terem sido altos sacerdotes dos templos imemoriais da Atlântida e do Egito Antigo (leiam "Baratzil, terra das estrelas", de Roger Feraudy).

A Umbanda é uma ciência divina, que aciona os sons, os movimentos, as cores, a luz, o magnetismo, a eletricidade, a magia com os elementos e os elementais da natureza, a química e a física transcendentes não estudadas pela ciência oficial, mas que um dia serão de conhecimento de todos os seres humanos nos seus fundamentos totalmente comprováveis por mecanismos espirituais que ainda serão trazidos à Terra. O Espiritismo é a bússola para atingirmos nossa ascensão espiritual. Tudo é maravilhoso: a diversidade na unidade. O futuro da humanidade será o de compreender todos os pedaços ou retalhos desta grande colcha de retalhos que é a "Verdade". A perfeição da obra divina de dar espaço para tudo e todos! Unindo todos estes retalhos e tendo o entendimento de cada coisa sobre a Terra, respeitando todas as religiões e filosofias, todos o tipos de trabalho espiritual, todos os dons diferenciados entre os médiuns de um e de outro segmento da verdade, estaremos compreendendo a extensão do Amor Divino que, para todos os seus filhos, encarnados e desencarnados, dá encaminhamento e solução de tudo quanto necessitam para sua evolução! Muita paz e luz para todos os irmãos desta abençoada rede de conhecimento!

Rosane - extraída do fórum da Rede Brasileira de Umbanda


Entendo muito pouco de chakras mas tenho lido em diversas fontes espiritualistas que os espíritos se ligam aos médiums através deles (o que pra mim é uma informação nova), apesar de pelo meu estudo do Espiritismo já ter visto que o espírito precisa encontrar condições favoráveis na disposição orgânica do médium para melhor se manifestar, ou seja, quanto melhor a condição, mais forte será a ligação e mais íntegra (sem interferência anímica, ou do médium) será a comunicação.

Achei o texto muito esclarecedor mas ainda tenho muito estudo pela frente para confirmar todas as informações expostas nele referente a mediunidade, mas me parece tudo fazer sentido até o momento. Que pensam os irmãos à respeito das diferenças entres os médiums espíritas e os umbandistas? Para vocês, existem mesmo estas diferenças? Médium é médium?


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